Medicamentos similares intercambiáveis são aqueles que, além de possuírem as mesmas características dos medicamentos similares — como princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica —, passaram por testes rigorosos que comprovam sua equivalência em relação ao medicamento de referência. Essa comprovação permite que possam ser substituídos pelo medicamento de referência de forma segura e eficaz.
Equivalência Terapêutica Comprovada: A intercambialidade é assegurada por meio de estudos de equivalência farmacêutica e bioequivalência, que demonstram que o medicamento similar possui o mesmo desempenho terapêutico que o de referência.
Diferenças Permitidas: Embora sejam equivalentes em termos de eficácia e segurança, os medicamentos similares intercambiáveis podem apresentar diferenças em aspectos como:
Tamanho e Forma: Podem variar no formato ou tamanho das formas farmacêuticas.
Prazo de Validade: Diferenças na estabilidade podem resultar em prazos de validade distintos.
Excipientes: Podem conter substâncias inativas diferentes, desde que não afetem a eficácia ou segurança.
Embalagem e Rotulagem: Podem diferir na apresentação visual e informações adicionais.
Nome Comercial: São identificados por nomes comerciais distintos dos medicamentos de referência.
Para que um medicamento similar seja considerado intercambiável, é necessário que o fabricante realize e apresente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estudos que comprovem a equivalência farmacêutica e a bioequivalência em relação ao medicamento de referência. A Anvisa, após análise e aprovação desses estudos, autoriza a intercambialidade.
A Anvisa disponibiliza uma ferramenta de consulta que permite aos profissionais de saúde e consumidores verificarem quais medicamentos similares foram aprovados como intercambiáveis. Essa ferramenta é essencial para garantir a segurança na substituição de medicamentos e pode ser acessada no portal da Anvisa.
A possibilidade de intercambiar medicamentos similares com os de referência traz benefícios significativos, tais como:
Acesso Ampliado: Aumenta as opções terapêuticas disponíveis no mercado, facilitando o acesso a tratamentos.
Redução de Custos: Medicamentos similares geralmente possuem preços mais acessíveis, o que pode reduzir os gastos com saúde.
Garantia de Qualidade: A exigência de comprovação de equivalência assegura que os medicamentos intercambiáveis atendam aos mesmos padrões de qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos de referência.
É fundamental que a substituição de um medicamento de referência por um similar intercambiável seja realizada com orientação de um profissional de saúde, garantindo assim a continuidade e a eficácia do tratamento.